Saturday, January 10, 2009

Controlar


Seria eu forte pra controlar? Deixar eu não me realizar. Suspender as desculpas e as mentiras apagar? Quanto tempo mais precisa para parar de culpar meu desequilíbrio? Vôo nas imagens realizadas no submundo da minha mente. Seria eu forte pra controlar? Todos os sons das suas asas não me deixam compreender o que você teme. Seria eu forte pra controlar meu descontrole? Assim me entenderia? Não me culpar mais pelos seus vôos mentirosos. A verdade é que não somos realizados. Não descobrimos, mas estaremos sempre em diferentes vôos, mesmo um do lado do outro. Seria eu forte para te controlar? Seria eu forte para te deixar? Suas asas não voam para junto das minhas. Seria eu forte para voar junto as suas? Seria minha vontade? Não descobrimos ainda... nossas asas não conseguem ficar juntas.
(F.C)

Tuesday, January 06, 2009

No meu bolso nada.


Deixo o dia permanecer e no meu bolso nada.
Dia da caçada e eu esperando amanhecer.
Na cabeça culpada esperando adoecer.
Sozinha na calçada e no meu bolso nada.
Deixo a noite permanecer sem conviver.
Deixem-me ir para longe da palhaçada.
Mantenham-me longe no anoitecer.
Longe dessa tragédia passada.
Minha mente esperando adoecer.
Longe dessa tragédia pesada.
Deixo a noite permanecer sem viver.
Deixo o dia permanecer e no meu bolso nada.
Minha mente esperando amanhecer.
(Virada2008-09)

Perdoem-me pássaros.


Eu acreditei nas possibilidades de um amor antigo permanecer.
Pensamos que entrar naquela porta novamente seria o mesmo.
Quebramos o coração, sem ter para onde ir. Erros de pássaros doentes.
Pássaros sem asas. Com risadas forçadas. Lágrimas entaladas.
Gritos de egoísmo. Gritos de rebeldias inexistentes. Pássaros passados...
Passados como o de todos que o respeitam. Passados bem vividos.
Passados sem volta. Não há porta que se entre que o tornará vivo novamente.
Não há porta que abra os passados amigáveis. Mudamos. Passamos.
A verdade não foi dita. Pássaros rindo de falsas alegrias.
Pássaros passados. Passados bem vividos. Passados sem portas para voltar.
Pássaros com novas asas. Novas doenças. Novos passados a concretizar.
Pássaros... Por favor, me deixem dormir. Não me sinto culpada por não fazer mais parte dos pássaros. Passados não me interessam se eu não criar novos.
Pássaros não me levem como o pássaro louco. Sou diferente e quero ser.
Perdoem-me pássaros, deixo voarem da melhor forma, me deixem voar.
(Ubatuba2009)