Friday, July 03, 2009

Ponte Intocável.

Seu rosto, que não me lembro. Poderia ser pior?
Mostrar meu mundo sem pontes, sem torres, sem frio. Com fios.
Depois de tantas pontes não te fazer lembrar-se de mim.
Caindo no seu rosto que impresso no meu quarto diz muito de nada.
Como um ídolo intocável você se tornou? Seu rosto estático é o que lembro.
Está na hora de voltar? Passar pelas pontes da sua cidade que chorei.
Estão caindo as pontes, não tenho controle da minha memória.
Teve o tempo, teve a política, teve os olhos. Não consigo deixar ir.
Não consigo lembrar. Tento reconstruir para não te deixar ir.
Parece que as pontes te tiraram do meu caminho.
As palavras foram distorcidas no mundo virtual. Mundo cansativo.
Deixar de ser a pedra que me transformei. Ser rosa de novo.
Como pude te deixar ir? Ninguém entendeu!
Mas te vi. Você sabe que não era para ir embora.
Poderia ser pior? Viver sem saber. Sem entender o que queremos dizer.
Foi o cenário perfeito, cruzar as pontes que hoje me machucam, para te ver.
Não saberia voltar e ver seu rosto. E foi tudo embora. Fui embora.
Esperei você em outras pontes, você não foi.
Tentei te convencer. Guardei a paixão chorando por ir embora, foi me ver ir embora.
Por que deixou? Poderia ser pior?

Friday, June 12, 2009

Szia, vigésimo terceiro.


Sinto a soft skin que suga a imagem do awesome guy... Turtle dove no décimo terceiro andar do sobrado no Brooklin. Male pivo para esquecer que sou Just a guria fletting dream? “Suave, chamo ela de cabeçudinha, né?” Não! Cinco anos na casinha do décimo terceiro andar do hotel no Itaim no centro da cidade de Budapeste, prédio antigo, com muitas coisas empoeiradas que não lembro muito bem, estava quase amanhecendo. Eu achava que tinha dinheiro pro taxi, mas não tinha. Desenho uma menina marcada em Boa Viagem para sair da laje da Rua Apinagés e nunca, nunca mais voltar. Nojo. Como me ama? Acabamos de nos conhecer! Ok, see you in 2011... “Caralho, não sei falar inglês...” “Você se expressa melhor bêbada” Passo pra próxima rodada no Szimpla e corro a outros braços ao som de Michael Jackson tendo cabecinha de fósforo? Oi? Your drawing está comigo... Quando volta? Ou irei para o pet boy hairstylist mais incrível de beleza, beauty director. “Você pode voar pra cá? When? Next week...” “Isso vai ser pra sempre?” “Sim.” “Green tea and açaí, please...” Você foi a escolhida, vamos viajar?”.“ Buenos Aires?”. “ O que você quer? Namorar?”. “ Não(sim)”.Pink pills salvam. “Dorme aqui, eu te ligo amanhã”. “Não”. Por que não foi me encontrar nas cidades BushFreeZone? “Eu namoro”. “ Me too, see you in Amsterdan?”, Ele foi a pior pessoa que conheci na vida, nunca disse isso, mas ele sabe. Hoje ainda quero fugir. No fim, gostaríamos todos de ter nascido em Londres... London Calling em São Paulo, eterna cidade fetiche!

Escudo


Sinto a minha desconfiança em sua cama aflorar.
Não vai me maltratar! Com escudos sigo para lá e para cá...
Finco lhe os olhos com perguntas que não sabes contracenar.
Finco lhe com a invisibilidade aflorada no colchão.
De manhã não há pão, não há.
Sem Chão, sem Errando e sem Pasto!
Não vai me machucar! Erre sua fala novamente, mentes?
Mentiras em sua sala para dormir com seu colchão... Décimo terceiro andar.
Finco lhe um ódio transpassado por vistas passadas.
Se quiseres filmes pensados e dormidos reagirão contra você.
Sustente se com a sinceridade inexistente em sua imaturidade próxima à minha.

O cheiro.



O cheiro que estava em mim, era o meu... Não era o seu.
O rosto que eu imaginava era o dele, não era o seu.
O ombro que eu dormi foi o seu. Sonhei com o dele.
Acariciei- te comparando.
Acordarei sozinha para não voltar pro inferno.
Nos olhos não te olharei.
Diz que posso perder, mas assim a certeza não voltar.
Projetando a amargura? Sim. Projeto o inferno que percebi.
O cheiro que estava em mim era meu.
O rosto que eu via não era o seu.
O ombro que dormi foi travesseiro, sem cheiro, sem cor, sem sentido.
Assim será para o inferno não voltar.

Sem.


Assim permanecerá. Sem caos no olhar.
Sem lágrimas pro altar. Sem cheiros lembrar.
Sem inferno causar. Sem ciúmes estrangular.
Sem página fuçar. Sem estomago arrombar.
Sem perto chegar. Sem chance de lembrar.
Assim permanecerá. Sem caos no olhar...
(pós-F.C.)

Friday, April 10, 2009

A insustentável leveza do meu ser.


Empurrei te chorando. Não foi o único. Sem olhar, as horas passaram. Entendi o que é bom para mim. Pelo crime, chorei. Da consciência apanhei. Empurrei te chorando. Sem olhar cometi um crime e por ele chorei. Abraço te hoje com o sorriso espontâneo. Choro pela ausência constante do seu ser. Sem direção minha mente corre para o medo de cometer outro crime. Numa noite recomeçar o que plantei e chutei. Não posso prometer o que nem eu consigo entender e outro crime cometer. Empurrei te chorando, entenda. Serei sempre uma criminosa? Como posso saber? Amo te, chorando e tentando consertar-me para poder te ter se é isso que há de ser.

(R.C.)

Sunday, March 15, 2009

Complemente e se arrepende.


Complemente e se arrepende. Tente desesperadamente, mente. Muito perderá sem ser consciente. Forte eu pra achar sua não inteligência. Mente. Viva seu céu inconsciente. Não fale comigo e não realize nua extravagância. Realize sua dependência. Sozinho, sem realizar a convivência. Preguiça e estagnação são sua mente e corpo. Mente sem compreender os danos da mente, alheia. Tentando ser aliada, desisto. Desisto da mente que ejacula mentiras e propagações de um ser covarde. Que eu não pretendo mais entender. Depressão pertinente. Mente. Insegurança te suspende do meu consciente. Gozar seria um descobrimento pra sua mente. A verdade é que minto. Ejacule seus amigos. Cansada da aliada inconformada.
(F.C)

Sunday, February 22, 2009

No porão, enterrei.



No porão, enterrei. (sonho - fevereiro 2009 - F.Costa)

Aguardo cada segundo o porão se abrir e percebermos o quanto é profundo as suas mentiras contadas. A goela calejada do mofo que há em suas promessas. Descontrolado jeito de ter a alma de alguém. Vem ver seu ego como brilha e jura que sairá do meu lado.
Do porão para as gavetas vazias e nosso baú transborda de histórias mentirosas de romance inacreditável. Incrédulo sonho doente. Você se perdeu no porão noturno e vai sem precisar de esperança. As companheiras da mente irão com você. Só as tem, pois as troca em dinheiro.
Suponho risadas engolidas por você quando parto do porão para as gavetas à procura de meus compromissos com a responsabilidade de encher meu baú. Mas no meu cofre sei bem o que me fez no porão na noite passada. As mentiras contadas. As promessas mofadas. Seus miúdos dissolvendo em poeira. Pena, gostaria de levá-lo para “nossas” gavetas. Mas minhas gavetas foram fechadas e te enterrei no porão.
(F.C.)

Som esquizofrênico.


Você é mais um. Entenda. Aceite. Desejo te um som esquizofrênico.
Não se esquecerá do som. Flutuará nele sem entender o que significa.
Enlouquecerá nele. Comerá do som, respirará do som.
Você é mais um. Só mais um. Sem desculpas e com mentiras.
Tenho que te desejar o que está dentro de mim. Até você me falar a verdade.
Realizará infernos na mente até os ossos. Desejo te o som esquizofrênico até cansar.
Até você me falar a verdade. Você é mais um. Entenda. Eu aceito.
Mas comerá do que me fez enjoar. Respirará do que me fez espirrar.
Perderá o que perdi. A mente atrofiar. Correrá do que esperei.
Desejo te um som esquizofrênico como o seu nome na minha mente.
(F.C)

Cresça, resolva e desapareça.


Cresça, resolva e desapareça.
Objeto aplicado em seus dias vazios.
Não haverá mais minha presença.
Objeto aplicado em seus cabelos vazios.
Não terá nunca uma crença.
Objeto aplicado em seus baseados vazios.
Não haverá mais minha esperança.
Objeto aplicado em seus sons vazios.
Cresça, resolva e desapareça.
(F.C)

Menino do vagão


Menino do vagão elogia as mãos... Critica um dedo, quer me arrancar uma coxa... Arrancou a mente. Toca e olha como se gostasse, foge no momento de ser ele mesmo...
Falsidade em todos os momentos e segue sua vida. Faz seu ego desprezível, falso e inseguro.
Difícil acreditar no menino do vagão. Disse-me sobre responsabilidades precoces encantadoras. Realeza dos sentimentos familiares. Seria verdade?
Tornou se mais um ser desprezível e as lágrimas estão indo embora e ficando o enjôo por mais um ser desprezível. Somente mais um ser desprezível e passageiro.
Tentei por vezes limpar a imagem seguida de mentiras e o silêncio me comprova que o encanto desapareceu, não há como dar a ele maturidade, respeito ou caráter. Se pudesse o faria.
Sobrou minha mente confusa a respeito da índole do menino do vagão que se distancia a cada manhã de domingo.
(F.C)

Não entende de nada.


Não entende de nada e ainda tem sorte de ainda respirar. A loucura passa do som que ouve.
Não entende de nada. Estupidez e drogas são seus momentos ordinários e únicos.
Não entende de nada e tem sorte de ainda respirar. Não atingiu o sucesso no seio direito.
Sinta os dois, meu bem.
Não entende de nada e tem sorte de ainda respirar. Não atingiu o orgasmo.
Não, não é cansaço, meu bem.
Não entende de nada. Sinta o meu rosto. Ele diz que você pode ir embora, mas não seja frouxo o bastante de deixar o buraco aberto. Você pode cair.
Não entende de nada. Tem sorte de ainda respirar. Suas mentiras e minhas loucuras não combinam. Cuidado ao respirar e no inferno parar.
Não entende de nada. Até meus ossos te dizem para sumir. Mas assuma que irá, por favor!
Fica no meu estômago o enjôo de pensar que você ainda respira e não entende de nada e seja bom para que no inferno você não vá parar de respirar. Mais um tráfico ou overdose não hei de agüentar.
(F.C)

Saturday, January 10, 2009

Controlar


Seria eu forte pra controlar? Deixar eu não me realizar. Suspender as desculpas e as mentiras apagar? Quanto tempo mais precisa para parar de culpar meu desequilíbrio? Vôo nas imagens realizadas no submundo da minha mente. Seria eu forte pra controlar? Todos os sons das suas asas não me deixam compreender o que você teme. Seria eu forte pra controlar meu descontrole? Assim me entenderia? Não me culpar mais pelos seus vôos mentirosos. A verdade é que não somos realizados. Não descobrimos, mas estaremos sempre em diferentes vôos, mesmo um do lado do outro. Seria eu forte para te controlar? Seria eu forte para te deixar? Suas asas não voam para junto das minhas. Seria eu forte para voar junto as suas? Seria minha vontade? Não descobrimos ainda... nossas asas não conseguem ficar juntas.
(F.C)

Tuesday, January 06, 2009

No meu bolso nada.


Deixo o dia permanecer e no meu bolso nada.
Dia da caçada e eu esperando amanhecer.
Na cabeça culpada esperando adoecer.
Sozinha na calçada e no meu bolso nada.
Deixo a noite permanecer sem conviver.
Deixem-me ir para longe da palhaçada.
Mantenham-me longe no anoitecer.
Longe dessa tragédia passada.
Minha mente esperando adoecer.
Longe dessa tragédia pesada.
Deixo a noite permanecer sem viver.
Deixo o dia permanecer e no meu bolso nada.
Minha mente esperando amanhecer.
(Virada2008-09)

Perdoem-me pássaros.


Eu acreditei nas possibilidades de um amor antigo permanecer.
Pensamos que entrar naquela porta novamente seria o mesmo.
Quebramos o coração, sem ter para onde ir. Erros de pássaros doentes.
Pássaros sem asas. Com risadas forçadas. Lágrimas entaladas.
Gritos de egoísmo. Gritos de rebeldias inexistentes. Pássaros passados...
Passados como o de todos que o respeitam. Passados bem vividos.
Passados sem volta. Não há porta que se entre que o tornará vivo novamente.
Não há porta que abra os passados amigáveis. Mudamos. Passamos.
A verdade não foi dita. Pássaros rindo de falsas alegrias.
Pássaros passados. Passados bem vividos. Passados sem portas para voltar.
Pássaros com novas asas. Novas doenças. Novos passados a concretizar.
Pássaros... Por favor, me deixem dormir. Não me sinto culpada por não fazer mais parte dos pássaros. Passados não me interessam se eu não criar novos.
Pássaros não me levem como o pássaro louco. Sou diferente e quero ser.
Perdoem-me pássaros, deixo voarem da melhor forma, me deixem voar.
(Ubatuba2009)