Sunday, February 22, 2009

No porão, enterrei.



No porão, enterrei. (sonho - fevereiro 2009 - F.Costa)

Aguardo cada segundo o porão se abrir e percebermos o quanto é profundo as suas mentiras contadas. A goela calejada do mofo que há em suas promessas. Descontrolado jeito de ter a alma de alguém. Vem ver seu ego como brilha e jura que sairá do meu lado.
Do porão para as gavetas vazias e nosso baú transborda de histórias mentirosas de romance inacreditável. Incrédulo sonho doente. Você se perdeu no porão noturno e vai sem precisar de esperança. As companheiras da mente irão com você. Só as tem, pois as troca em dinheiro.
Suponho risadas engolidas por você quando parto do porão para as gavetas à procura de meus compromissos com a responsabilidade de encher meu baú. Mas no meu cofre sei bem o que me fez no porão na noite passada. As mentiras contadas. As promessas mofadas. Seus miúdos dissolvendo em poeira. Pena, gostaria de levá-lo para “nossas” gavetas. Mas minhas gavetas foram fechadas e te enterrei no porão.
(F.C.)

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